quarta-feira, 30 de junho de 2010

O desafio do marketing político no Twitter

Postado por Héber Sales em 15 maio 2010 às 12:30

Tenho pesquisado entre meus alunos: "quem segue ou seguiria políticos na internet?" Os índices são baixíssimos. Ontem à noite mesmo, em uma turma com 53 universitários, apenas 1 pessoa seguia (o twitter do Serra, no caso). Mais 2 disseram que seguiriam. O resto não quer nem saber.

Com base nisso, levanto a seguinte hipótese: o público inicial de um político na internet restringe-se aos seus correligionários, assessores, amigos, aliados, inimigos e profissionais especializados no ramo.

Não é, de forma alguma, um target desprezível, até porque eles podem ajudam a aumentar e muito o alcance das mensagens dos candidatos, sobretudo se elas forem bem calibradas para gerar buzz e mídia espontânea.

Por outro lado, até de forma complementar a estratégia acima, de mobilização de líderes de opinião, há sim oportunidades para engajar essa massa desinteressada em política e políticos.

Notem, apesar de não seguirem políticos, meus alunos seguem um sem número de perfis e canais sobre assuntos do seu interesse. Por que não patrocinar esses canais ou mesmo montá-los? Seria um modo de atingir essa grande fatia do eleitorado que não está nem aí para o debate político.

Por exemplo, se um político defende programas de inclusão social, ele pode criar e apoiar um blog integrado às redes sociais com dicas e informações sobre oportunidades únicas para os segmentos da população interessados (oportunidades de estudo, carreira, negócios, renda, etc). Seu nome seria associado à iniciativa, fortalecendo sua imagem junto aos eleitores-alvo.

E mais, se tal conteúdo for devidamente otimizado para mecanismos de busca como o Google e similares, ele aparecerá em destaque nas pesquisas relativas ao assunto, gerando um tráfego considerável e ampliando significativamente a exposição do político em questão.

Um elemento indispensável para que tal estratégia funcione é o monitoramento das mídias sociais, assunto pouco debatido ainda no meio político profissional. A internet e as redes sociais proporcionam uma oportunidade inédita para acompanhar em tempo real, de forma detalhada, a opinião pública.

Mesmo que não se anime a emitir mensagens no Twitter e outras redes, todo político deveria, no mínimo, monitorar o que andam postando e buscando sobre ele, suas causas e seus concorrentes. Com base nesse feedback, ele poderia calibrar até mesmo sua comunicação off-line de modo torná-la mais efetiva.

Para discutir essas e outras ideias, estaremos recebendo nesta segunda em Salvador a professora, consultora e autora Martha Gabriel. Será um prazer tê-los conosco nesse evento. Acessem www.marthagabriel.campidigital.com.br para saber mais sobre o seminário.

Esperamos por vocês lá!

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