quarta-feira, 30 de junho de 2010

Os sete pecados capitais do Twitter

Em um mundo onde os contatos sociais migraram de vez para o espaço virtual, é possível pecar – e muito! – na tela do Twitter

Clarissa Passos, iG São Paulo | 19/05/2010

Os sete pecados capitais do twitter: memorize o código de ética e não caia em tentação
De Xuxa - que se estranhou com sua legião de fãs tão rápido quanto arrebanhou seguidores - ao funcionário que perdeu o emprego por torcer por seu time - por coincidência, adversário do time patrocinado pela empresa onde ele trabalhava. Nem famosos, nem anônimos estão a salvo dos pecados do Twitter.

Como toda rede social, o sistema de microblogging, que há um mês atingiu a marca de 100 milhões de usuários, tem seu próprio código de etiqueta - e, por consequência, seus deslizes mais clássicos. Conversamos com especialistas que indicaram os sete pecados capitais do Twitter.

A ira: não sei lidar com brincadeiras e críticas

Uma vez criado seu perfil, está aberta uma frente de relacionamento com as pessoas. É preciso ter senso de humor para lidar com críticas, brincadeiras e com o retorno dos leitores. Se essa qualidade está em falta, melhor nem criar uma conta. "Qualquer pessoa pode zombar de algo que você escreveu, sacanear sua foto de perfil e fazer uma paródia da sua biografia", diz Edney Souza, diretor de operações da Polvora! Comunicação, consultoria especializada em mídias sociais. "Se você não sabe lidar com isso, então é melhor não brincar com o Twitter".

A apresentadora Xuxa, cujo último tweet data exatamente de um mês depois do inaugural, que o diga: a celebridade abandonou o Twitter depois que seus seguidores apontaram um erro de português (ela escreveu cena com s) cometido por Sasha em um dos posts.

A inveja: quero mais seguidores que as celebridades

Não bastasse ser casado com a Demi Moore, o ator americano Ashton Kutcher ainda contabiliza outro motivo de olho gordo: ele tem nada menos que 4.907.901 seguidores no Twitter (até o momento desta reportagem). No entanto, para as pessoas comuns como eu e você, o Twitter não é uma corrida por fãs.

"Ter seguidores é legal, são mais pessoas que te respondem e interagem contigo", admite Edney. "Mas se você não for o Ashton Kutcher ou a Britney Spears, é melhore desencanar do número de seguidores e se focar na qualidade da relação com eles", aconselha.

A luxúria: confundo o espaço público com o espaço privado

Nem todos os seus seguidores estão interessados em saber, todos os dias, o que você comeu no almoço - muito menos como foi sua noite anterior. "A confusão entre o público e o privado é muito comum nesta cultura de imediatismo", diz Elizabeth Saad Corrêa, professora da Escola de Comunicações e Artes (USP) na área de Jornalismo, Internet e Sociedade.

Não se esqueça de que, apesar de aparentemente protegida pela tela do computador, você está vulnerável a todos que a seguem - e aos seguidores dos seus amigos, e a muito mais gente - sempre que registra um comentário qualquer. "É preciso saber se comportar em um espaço público, onde você não faz coisas que não faria fora da sua casa", ensina Elizabeth.

A vaidade: quero aparecer mais que todo mundo

Pegue leve no número de fotografias postadas. Sua imagem (ainda) é um bem privado e há limites para torná-la pública. Na opinião de @oCriador, personagem popularíssimo que se identifica no Twitter como Deus, existe a pior das poses. "O pecado mais preocupante é a infração ao 11º mandamento: 'Não postarás foto fazendo biquinho na internet'", brinca. "Além de vocês desonrarem seus pais, ficam adorando essas imagens ridículas, o que é veementemente proibido". @oCriador, que também mantém o blog Sac Divino , recomenda aos usuários que abandonem este tipo de foto. "Procure algo mais proveitoso para fazer com a vida que lhes dei".

A avareza: posto somente anúncios de venda

Se você criou um perfil, ainda que seja para divulgar seus produtos ou serviços, não se esqueça de complementar com alguma produção de conteúdo, ou pelo menos com indicações de links e conteúdos interessantes para seus clientes. "Experimente conversar no twitter, ao invés de só agir como um feirante", sugere Edney Souza.


Leia também
7 saias justas modernas - e como sair delas
"Já tomei um fora pela Internet"
A preguiça: escrevo tudo errado

Na pressa que pontua a maioria das comunicações via internet, poucos pensam em uma revisão - ainda que rápida - da mensagem que acabou de escrever. O resultado? Erros de toda espécie - da digitação à ortografia, passando por problemas de contexto. "O pior pecado do Twitter é o total desleixo com a língua, seja em qual idioma for", elege Anderson da Silva Vieira, autor do livro "Twitter - Influenciando Pessoas & Conquistando o Mercado" (editora Alta Books).

"Uma postagem no seu perfil, por mais simples que seja, pode lhe trazer sérios problemas - até mesmo perder uma vaga de emprego, já que muitos recrutadores buscam o perfil do candidato no Twitter e em outras redes, para obtenção de mais informações e análise do candidato", alerta ele, que recomenda diminuir a quantidade de postagem e trabalhar mais na qualidade delas. "Com isso, seus seguidores perceberão que você está, digamos, evoluindo", conclui.

Achou um link legal e quer compartilhar? Tenha a delicadeza de tecer algum comentário a respeito. Gabriela Zago, mestranda em Comunicação e Informação e uma das autoras do blog Twitter Brasil, recomenda que o conteúdo guardado na URL compactada seja minimamente descrito, ainda que em uma palavra. "Também não é legal postar um link com um comentário genérico, do tipo 'que legal' ou 'divertido'", ensina.

A gula: vivo devorando a produção alheia

A ferramenta oferece a possibilidade de "retwitar" - ou seja, copiar em seu perfil um post de outra pessoa - com apenas um toque. Embora o crédito seja dado, viver só de conteúdo dos outros - ou twitar exageradamente, contando a cada vez que você se levanta da cadeira para comer - é bola fora. "Postar eventualmente coisas interessantes é legal. Postar 100 tweets num período de 10 minutos só inunda a timeline dos outros", diz Gabriela. Há diversas estratégias para evitar o exagero: "pensar antes de twitar, manter um foco temático, distribuir os tweets ao longo do dia".

As redes sociais na comunicação interna

Colunistas » Wilson da Costa Bueno
Publicado em: 29/06/2010 18:18


Converse, pare de gritar. Esta é a gramática e a cultura das redes sociais que, gradativamente, vão conquistando espaço entre os stakeholders das organizações, ainda que a maioria delas insista em trabalhar este novo ambiente como mais uma alternativa para persuadir incautos consumidores.

Muitas empresas (a maioria delas para sermos corretos) têm dificuldade para estabelecer diálogos e continuam, mesmo em um ambiente focado na promoção de relacionamentos, a praticar monólogos chatos, agressivos e que incomodam todos aqueles que estão nas redes para uma boa e saudável conversa.

Falam demais, vociferam sem dó, tentando, como mascates e feirantes, ganhar o cliente no grito. São mal educadas, por excelência, porque não conseguem e não estão dispostas a interagir, a ouvir os que, generosamente, se prontificam a acessá-las. Têm uma boca imensa e orelhas nanoscópicas, verdadeiros ETs comunicacionais.

Algumas empresas, como a Volkswagen, por exemplo, não convidam pessoas para segui-las no Twitter, mas parecem dar ordens o tempo todo (Você vai me seguir no Twitter ou não vai?), o que, convenhamos, combina bem com sua cultura arrogante e que protagonizou um dos casos mais emblemáticos de mau gerenciamento de crises, como o do banco traseiro do Fox que mutilava os dedos dos clientes. Não se propõe a interagir, não abre espaço para a conversa franca porque está costumada a mandar, a enfiar as suas mensagens goela abaixo, como os sindicalistas puderam perceber no episódio da Autovisão anos atrás. E agora tenta chantagear as empresas de autopeças para conseguir redução de preços, quando deveria cuidar da qualidade dos carros que entrega e que vive, como em outras montadoras, passando por recalls sucessivos.

Os perfis empresariais no Twitter costumam não passar de 140 toques de pura arrogância e de convite ao consumo. No fundo, as empresas querem mesmo seguidores no sentido estrito do termo e não parceiros, como era de se esperar. Sua comunicação é sempre vertical, literalmente de cima para baixo, como se fossem as donas do pedaço, as "rainhas da cocada preta", como deliciosamente assinala a expressão popular. A maioria das empresas não entrou no Twitter, mas o invadiu sem convite. Chegaram falando alto, mal educadas como turistas de excursão que chegam altas horas da noite ao hotel depois de uma bebedeira e de uma balada sensacionais. E acordam os que, também de férias, queriam apenas uma noite de bons sonhos.

Muitas empresas estão nestes espaços, que foram concebidos para uma comunicação horizontal, dialógica, apenas para espionar, preocupadas em identificar quem está falando mal delas e, se possível, retirá-los de cena. Não conseguem perceber que o mundo mudou (e, sob este aspecto, para melhor) e que não é mais possível silenciar todos os adversários (serão mesmo adversários ou apenas querem ser ouvidos num debate aberto?).

Se a situação já é desanimadora nas redes sociais voltadas para os públicos externos, o que imaginar então nas iniciativas que contemplam os públicos internos, em particular os funcionários das organizações? É triste, mas assistimos, na comunicação interna, a um verdadeiro espetáculo de grosserias porque a cultura de determinadas empresas não consegue conviver harmoniosamente com o pluralismo das idéias, com a diversidade de opiniões, com a liberdade de expressão. Aquela história de "quem pode manda, obedece quem tem juízo" se aplica aqui formidavelmente porque chefias autoritárias, inseguras, sem liderança alguma, repudiam o diálogo e subjuga os seus subordinados pela ameaça, pela velha gritaria que parece dinossáurica (mas ainda funciona infelizmente) em boa parte dos casos (eta gestão de pessoas subdesenvolvida, hein?). Você sabia que o número de casos de assédio moral nas empresas tem subido de forma alarmante?

As redes sociais poderiam ser incorporadas à comunicação interna de forma competente e há um leque de opções que possibilitam esta inserção.

Os blogs corporativos, por exemplo, deveriam estimular a interação, permitindo que os funcionários, sem censura ou auto-censura, efetivamente contribuam para a mudança dos processos internos, alguns deles desatualizados, sem sintonia com os novos tempos, rígidos, inflexíveis, como se programados para durar toda uma eternidade. O fato de as empresas criarem blogs corporativos não significa, necessariamente, que estejam dispostas ao diálogo, muito pelo contrário: alguns se espelham na desgastada hipocrisia empresarial que tem gerado o marketing verde, os auto-elogios, a aplicação equivocada do conceito de responsabilidade social e de sustentabilidade. Há blogs que não abrem espaço para o debate e que se resumem ao falatório de altos executivos, mais interessados na promoção pessoal do que em efetivamente ouvir a sua equipe de colaboradores (detesto este termo porque faz parte do dicionário de hipocrisia empresarial, mas já que saiu do teclado tudo bem).

A alternativa será sempre estabelecer uma relação aberta, franca, entre a alta administração e os demais escalões da empresa de modo a construir efetivamente um processo de gestão de informações e de conhecimentos que aposte na experiência, na competência, na sabedoria de todos os que a integram. Afinal de contas, muitas chefias não se deram conta ainda de que sem os funcionários as empresas e eles próprios não fazem qualquer sentido.

Numa sociedade que prega a colaboração, a comunicação interna poderia incorporar projetos "wiki" em que todos possam, de maneira espontânea, comprometidos com resultados mas também com a ascensão profissional e pessoal, sugerir mudanças, propor debates, compartilhar saberes e experiências, o que é (alguém duvida?) absolutamente relevante numa administração estratégica.

As organizações deveriam abrir espaços amplos de debate como fóruns voltados para temas gerais ou específicos, mas talvez seja pedir demais para culturas fechadas e que resistem a enxergar o mundo sob novos paradigmas (eta palavrinha desgastada, mas de novo, já que saiu do teclado, vamos lá!).

As redes sociais, as organizações e as chefias queiram ou não, são uma realidade e fazem parte do quotidiano da maioria dos funcionários (brasileiro é louco por uma conversa ao pé do fogo ou do computador). Cabe às empresas a iniciativa de convidá-los para este diálogo, de peito aberto para ouvir as críticas, mentes abertas para entender as sugestões e agregá-las aos seus processos de gestão, de produção, de comunicação e marketing.

As empresas precisam definitivamente calarr os gritos que ensurdecem funcionários e clientes, assumindo que a conversa, sem arrogância ou preconceitos, é a melhor maneira de promover relacionamentos saudáveis e duradouros.

As redes sociais foram feitas para conversar. As empresas ruidosas deveriam gritar em outra freguesia.



* Wilson da Costa Bueno é jornalista, professor da UMESP e da USP, diretor da Comtexto Comunicação e Pesquisa. Editor de 4 sites temáticos e de 4 revistas digitais de comunicação. veja mais

As redes sociais na comunicação interna

Colunistas » Wilson da Costa Bueno
Publicado em: 29/06/2010 18:18


Converse, pare de gritar. Esta é a gramática e a cultura das redes sociais que, gradativamente, vão conquistando espaço entre os stakeholders das organizações, ainda que a maioria delas insista em trabalhar este novo ambiente como mais uma alternativa para persuadir incautos consumidores.

Muitas empresas (a maioria delas para sermos corretos) têm dificuldade para estabelecer diálogos e continuam, mesmo em um ambiente focado na promoção de relacionamentos, a praticar monólogos chatos, agressivos e que incomodam todos aqueles que estão nas redes para uma boa e saudável conversa.

Falam demais, vociferam sem dó, tentando, como mascates e feirantes, ganhar o cliente no grito. São mal educadas, por excelência, porque não conseguem e não estão dispostas a interagir, a ouvir os que, generosamente, se prontificam a acessá-las. Têm uma boca imensa e orelhas nanoscópicas, verdadeiros ETs comunicacionais.

Algumas empresas, como a Volkswagen, por exemplo, não convidam pessoas para segui-las no Twitter, mas parecem dar ordens o tempo todo (Você vai me seguir no Twitter ou não vai?), o que, convenhamos, combina bem com sua cultura arrogante e que protagonizou um dos casos mais emblemáticos de mau gerenciamento de crises, como o do banco traseiro do Fox que mutilava os dedos dos clientes. Não se propõe a interagir, não abre espaço para a conversa franca porque está costumada a mandar, a enfiar as suas mensagens goela abaixo, como os sindicalistas puderam perceber no episódio da Autovisão anos atrás. E agora tenta chantagear as empresas de autopeças para conseguir redução de preços, quando deveria cuidar da qualidade dos carros que entrega e que vive, como em outras montadoras, passando por recalls sucessivos.

Os perfis empresariais no Twitter costumam não passar de 140 toques de pura arrogância e de convite ao consumo. No fundo, as empresas querem mesmo seguidores no sentido estrito do termo e não parceiros, como era de se esperar. Sua comunicação é sempre vertical, literalmente de cima para baixo, como se fossem as donas do pedaço, as "rainhas da cocada preta", como deliciosamente assinala a expressão popular. A maioria das empresas não entrou no Twitter, mas o invadiu sem convite. Chegaram falando alto, mal educadas como turistas de excursão que chegam altas horas da noite ao hotel depois de uma bebedeira e de uma balada sensacionais. E acordam os que, também de férias, queriam apenas uma noite de bons sonhos.

Muitas empresas estão nestes espaços, que foram concebidos para uma comunicação horizontal, dialógica, apenas para espionar, preocupadas em identificar quem está falando mal delas e, se possível, retirá-los de cena. Não conseguem perceber que o mundo mudou (e, sob este aspecto, para melhor) e que não é mais possível silenciar todos os adversários (serão mesmo adversários ou apenas querem ser ouvidos num debate aberto?).

Se a situação já é desanimadora nas redes sociais voltadas para os públicos externos, o que imaginar então nas iniciativas que contemplam os públicos internos, em particular os funcionários das organizações? É triste, mas assistimos, na comunicação interna, a um verdadeiro espetáculo de grosserias porque a cultura de determinadas empresas não consegue conviver harmoniosamente com o pluralismo das idéias, com a diversidade de opiniões, com a liberdade de expressão. Aquela história de "quem pode manda, obedece quem tem juízo" se aplica aqui formidavelmente porque chefias autoritárias, inseguras, sem liderança alguma, repudiam o diálogo e subjuga os seus subordinados pela ameaça, pela velha gritaria que parece dinossáurica (mas ainda funciona infelizmente) em boa parte dos casos (eta gestão de pessoas subdesenvolvida, hein?). Você sabia que o número de casos de assédio moral nas empresas tem subido de forma alarmante?

As redes sociais poderiam ser incorporadas à comunicação interna de forma competente e há um leque de opções que possibilitam esta inserção.

Os blogs corporativos, por exemplo, deveriam estimular a interação, permitindo que os funcionários, sem censura ou auto-censura, efetivamente contribuam para a mudança dos processos internos, alguns deles desatualizados, sem sintonia com os novos tempos, rígidos, inflexíveis, como se programados para durar toda uma eternidade. O fato de as empresas criarem blogs corporativos não significa, necessariamente, que estejam dispostas ao diálogo, muito pelo contrário: alguns se espelham na desgastada hipocrisia empresarial que tem gerado o marketing verde, os auto-elogios, a aplicação equivocada do conceito de responsabilidade social e de sustentabilidade. Há blogs que não abrem espaço para o debate e que se resumem ao falatório de altos executivos, mais interessados na promoção pessoal do que em efetivamente ouvir a sua equipe de colaboradores (detesto este termo porque faz parte do dicionário de hipocrisia empresarial, mas já que saiu do teclado tudo bem).

A alternativa será sempre estabelecer uma relação aberta, franca, entre a alta administração e os demais escalões da empresa de modo a construir efetivamente um processo de gestão de informações e de conhecimentos que aposte na experiência, na competência, na sabedoria de todos os que a integram. Afinal de contas, muitas chefias não se deram conta ainda de que sem os funcionários as empresas e eles próprios não fazem qualquer sentido.

Numa sociedade que prega a colaboração, a comunicação interna poderia incorporar projetos "wiki" em que todos possam, de maneira espontânea, comprometidos com resultados mas também com a ascensão profissional e pessoal, sugerir mudanças, propor debates, compartilhar saberes e experiências, o que é (alguém duvida?) absolutamente relevante numa administração estratégica.

As organizações deveriam abrir espaços amplos de debate como fóruns voltados para temas gerais ou específicos, mas talvez seja pedir demais para culturas fechadas e que resistem a enxergar o mundo sob novos paradigmas (eta palavrinha desgastada, mas de novo, já que saiu do teclado, vamos lá!).

As redes sociais, as organizações e as chefias queiram ou não, são uma realidade e fazem parte do quotidiano da maioria dos funcionários (brasileiro é louco por uma conversa ao pé do fogo ou do computador). Cabe às empresas a iniciativa de convidá-los para este diálogo, de peito aberto para ouvir as críticas, mentes abertas para entender as sugestões e agregá-las aos seus processos de gestão, de produção, de comunicação e marketing.

As empresas precisam definitivamente calarr os gritos que ensurdecem funcionários e clientes, assumindo que a conversa, sem arrogância ou preconceitos, é a melhor maneira de promover relacionamentos saudáveis e duradouros.

As redes sociais foram feitas para conversar. As empresas ruidosas deveriam gritar em outra freguesia.



* Wilson da Costa Bueno é jornalista, professor da UMESP e da USP, diretor da Comtexto Comunicação e Pesquisa. Editor de 4 sites temáticos e de 4 revistas digitais de comunicação. veja mais

O desafio do marketing político no Twitter

Postado por Héber Sales em 15 maio 2010 às 12:30

Tenho pesquisado entre meus alunos: "quem segue ou seguiria políticos na internet?" Os índices são baixíssimos. Ontem à noite mesmo, em uma turma com 53 universitários, apenas 1 pessoa seguia (o twitter do Serra, no caso). Mais 2 disseram que seguiriam. O resto não quer nem saber.

Com base nisso, levanto a seguinte hipótese: o público inicial de um político na internet restringe-se aos seus correligionários, assessores, amigos, aliados, inimigos e profissionais especializados no ramo.

Não é, de forma alguma, um target desprezível, até porque eles podem ajudam a aumentar e muito o alcance das mensagens dos candidatos, sobretudo se elas forem bem calibradas para gerar buzz e mídia espontânea.

Por outro lado, até de forma complementar a estratégia acima, de mobilização de líderes de opinião, há sim oportunidades para engajar essa massa desinteressada em política e políticos.

Notem, apesar de não seguirem políticos, meus alunos seguem um sem número de perfis e canais sobre assuntos do seu interesse. Por que não patrocinar esses canais ou mesmo montá-los? Seria um modo de atingir essa grande fatia do eleitorado que não está nem aí para o debate político.

Por exemplo, se um político defende programas de inclusão social, ele pode criar e apoiar um blog integrado às redes sociais com dicas e informações sobre oportunidades únicas para os segmentos da população interessados (oportunidades de estudo, carreira, negócios, renda, etc). Seu nome seria associado à iniciativa, fortalecendo sua imagem junto aos eleitores-alvo.

E mais, se tal conteúdo for devidamente otimizado para mecanismos de busca como o Google e similares, ele aparecerá em destaque nas pesquisas relativas ao assunto, gerando um tráfego considerável e ampliando significativamente a exposição do político em questão.

Um elemento indispensável para que tal estratégia funcione é o monitoramento das mídias sociais, assunto pouco debatido ainda no meio político profissional. A internet e as redes sociais proporcionam uma oportunidade inédita para acompanhar em tempo real, de forma detalhada, a opinião pública.

Mesmo que não se anime a emitir mensagens no Twitter e outras redes, todo político deveria, no mínimo, monitorar o que andam postando e buscando sobre ele, suas causas e seus concorrentes. Com base nesse feedback, ele poderia calibrar até mesmo sua comunicação off-line de modo torná-la mais efetiva.

Para discutir essas e outras ideias, estaremos recebendo nesta segunda em Salvador a professora, consultora e autora Martha Gabriel. Será um prazer tê-los conosco nesse evento. Acessem www.marthagabriel.campidigital.com.br para saber mais sobre o seminário.

Esperamos por vocês lá!

Efeito Barack Obama no Brasil: será que a onda pega?

por Ariane Fonseca
quinta-feira 24 junho , 2010

Por Ariane Fonseca e Sara Alves

Barack Obama inovou, em 2008, quando inseriu a internet nos planos da campanha eleitoral. Com investimento nas redes sociais e na adesão dos jovens como formadores de opinião, ele conseguiu o que parecia impossível para muitos americanos: se eleger. Influenciada pelo case vitorioso do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, muitos candidatos brasileiros estão investindo este ano na rede mundial de computadores para tentar alcançar o mesmo resultado. Mas será que o plano estratégico de Obama se adequa a realidade do nosso país? Quem responde essa pergunta, e conversa com o Diário de um repórter sobre as eleições 2010 na web, é o jornalista Paulo Rebêlo, que acredita que o modelo americano não cabe no cenário brasileiro, e o publicitário André Telles, que pensa totalmente o contrário.

Rebêlo é Mestre em Políticas Públicas, com especialização em Mídia, Comunicação e Telecomunicações, pela Central European University, em Budapeste. Já trabalhou em campanhas eleitorais prestando consultoria a candidatos. Telles é CEO da agência digital Mentes Digitais e pós graduado em Marketing pela FAE Business School, com MBA em Direção Estratégica pela FGV. É autor de três livros: “Orkut.com” (2004), “Geração Digital” (2009) e “A revolução das Mídias Sociais” (2010). Confira o bate-papo!

1) Como a campanha eleitoral de Barack Obama está influenciando as eleições presidenciais brasileiras esse ano?
Paulo Rebêlo – A noção sobre a influência do Obama é bastante exagerada. Na verdade, virou um clichê e um pouco de grife. No Brasil, não dá certo por uma infinidade de fatores que vão muito além da exclusão digital. A influência é apenas para quem trabalha com política ou acompanha o assunto muito de perto e, mesmo assim, é apenas uma influência referencial porque a gente sabe que não há como replicar o modelo por aqui. A televisão e o rádio continuam sendo as maiores e mais efetivas ferramentas de campanha no Brasil. E vão continuar por muito tempo ainda, infelizmente.

André Telles – Acredito que o estudo que vem sendo feito da campanha de Obama será a base para muitas das estratégias aplicadas aqui no Brasil. Claro que se adequando à nossa realidade e respeitando as singularidades do povo, já que a cultura americana é bem diferente da nossa.

2) Nos Estados Unidos, o acesso a internet é maior que no Brasil, sem contar que a aderência às redes sociais no país do Tio Sam é mais evidente que aqui. Tendo em vista este contexto, o modelo americano se adequa ao Brasil?


Paulo Rêbelo/ Foto retirada do seu site
Rebêlo – Não se adequa. São duas realidades completamente diferentes e só não enxerga isso quem não quer. E muita gente não quer enxergar por interesses financeiros, muitos candidatos se deixam levar pelo ‘papo Obama’ sem saber do que se trata e sem saber que quem oferece, quase sempre, também não faz a menor ideia do que está falando. Vários marqueteiros estão vendendo um produto que não podem entregar. Para começar, o voto nos EUA é opcional. Uma das lutas primordiais do Obama, na internet, foi gerar mobilização para que as pessoas saíssem de casa para votar. E para votar em algo diferente. O diferente era ele. No Brasil, além de o voto ser obrigatório, não temos nada de diferente – nem de candidatos, nem de propostas. O voto de opinião no Brasil é muito restrito. Ainda temos um amplo leque do voto de cabresto, voto de torcida (quando você não quer votar em quem está atrás nas pesquisas) e votos cruzados. Tudo isso já foi mostrado e provado por vários estudos empíricos e qualitativos. Por isso apostam todas as fichas em marqueteiros, que vão moldar a imagem do candidato e os programas na TV.

Telles - Apesar das divergências existentes em cada contexto, o modelo americano se adequa, sim, ao brasileiro. Acredito que apesar das diferenças culturais e socioeconômicas, o Brasil está perfeitamente apto para suportar uma campanha presidencial nas redes sociais. Uma prova disso é que antes mesmos das eleições, presenciamos algumas mobilizações feitas pela internet e que tiveram um ótimo resultado, a exemplo cito a “ficha limpa”, que foi uma grande mobilização por assinaturas a fim de viabilizar tal lei. O mesmo pode ser feito nas eleições.

3) A campanha eleitoral pela web pode ajudar os jovens a se interessar mais por política, já que eles são grandes adeptos das novas tecnologias?
Rebêlo – Veja bem, não são apenas os jovens que não se interessam por política nos dias de hoje. Há inúmeras pesquisas que revelam o senso comum: ninguém quer saber de política. Há uma falta de confiança generalizada. E com razão. Você vai ver professores, profissionais, muita gente inteligente que não quer saber de política nem de longe. A campanha eleitoral na web poderia trazer parte dessas pessoas para o debate se houvesse de fato propostas novas, uma nova abordagem do ponto de vista político. Temos uma novidade de um lado, mas do outro continuamos com uma abordagem e um jeito de fazer política ainda ultrapassado, eleitoreiro.

Telles – Sabemos que investir na campanha web é o primeiro passo, mas para ter o sucesso que desejamos e fazer com que os jovens se interessem, é preciso mais. Os candidatos tem que criar relacionamento, mostrar que estão abertos a ouvir o que seus futuros eleitores almejam. Foi isso que a equipe Obama fez para a sua campanha funcionar tão bem. Os EUA estavam pedindo mudança há muito tempo, não estavam sendo ouvidos pela então atual presidência, o Obama chegou dizendo que ele também queria mudança e para isso ia trabalhar junto com eles. Já aqui no Brasil temos mais problemas, não é só levar o jovem a urna, o fazer pensar. Mostrar a eles que além do político estar na rede mostrando sua campanha ele também está ouvindo e mostrando que eles não serão esquecidos depois que o mesmo estiver eleito.

4) Qual ferramenta da internet vai se destacar nesta campanha eleitoral? Por quê?
Rebêlo – O Twitter tem um papel interessante, porém não fundamental. É o recurso da moda, mas não politicamente. Há quatro anos, era o Orkut. Hoje é o Twitter. A política está apenas surfando na onda, é normal. Empresas fazem o mesmo. Acredito muito na eficácia dos sites oficiais dos candidatos. É uma oportunidade que eles têm de mostrar algo novo, abrir um canal de debates e interatividade com vários perfis de eleitores. O Twitter é apenas um adicional, enquanto o site oficial pode se tornar (se for bem planejado e alimentado) uma referência universal até o fim da campanha.

Telles – Os microblogs, mais especificamente, o Twitter. A ferramenta já se mostrou de extrema importância para qualquer pessoa, independente de qual seja o objetivo dela na web. Por seu imediatismo e transparência (o conteúdo é visível para todos), a ferramenta será muito utilizada para os candidatos que desejam estreitar relacionamento com seu eleitor e para transmitir em tempo real o que vem fazendo durante à campanha.

5) Quais são os pontos positivos e os pontos negativos, que já puderam ser notados, da campanha eleitoral dos presidenciáveis na rede?
Rebêlo – Ponto positivo é o investimento (embora nem sempre planejado) nas novas mídias, a tentativa (apesar de tímida) de fazer algo novo e a oportunidade de pessoas alheias ao processo participarem dos debates, reclamar e até xingar o candidato pelo Twitter. O ponto negativo é usar o mesmo jeito de fazer política mascarado de vanguarda. Maior exemplo são os candidatos que têm contas nas mídias sociais, mas não usam – é a assessoria que atualiza e censura as críticas, por exemplo.



André Telles/ Foto retirada do seu site
Telles – Os pontos positivos e negativos vêm andando juntos nas ações executadas até então. Enquanto uns vem trabalhando de forma clara, fazendo questão de serem eles mesmos na rede, outros se encobertam, utilizando de suas assessorias para manter a imagem do “personagem intocável”; uma prova disso é a falta de interação com seu eleitorado, seja não respondendo as mensagens ou proibindo a postagem de comentários em seus blogs.

6) Pela característica de dar voz a minoria, a internet pode ser uma aliada ou uma ameaça aos candidatos? Por quê?
Rebêlo – Pode ser uma coisa ou outra, depende como o candidato usufrui do recurso. Mas aqui voltamos à primeira pergunta: até onde a internet influencia no voto? Na prática, influencia bem pouco. Mas pode trazer mais gente para o debate e mostrar um lado do candidato que as pessoas não conhecem. E esse lado “novo” pode ser bom ou ruim, depende de como for planejado e, consequentemente, apresentado ao eleitor.

Telles - Depende. Antes de responder essa pergunta, quero ressaltar que não existe publicidade que resolva o problema de um produto ruim, ou seja, se o primeiro P(produto) do chamado mix de marketing não for bom, o último P(promoção) não o fará. Analisando nesse ponto de vista, por uma questão já cultural, sabemos que os candidatos brasileiros não são produtos bem vistos pelo o povo, por diversos motivos. Sendo assim, dar a voz para a minoria no ambiente web pode ser prejudicial sim, como também, pode não ser. Tudo vai depender muito do candidato e de sua assessoria – maquiadores do produto.

7) Redes Sociais podem ajudar os candidatos a coletarem propostas de políticas públicas?
Rebêlo – Até pelo caráter imediatista do Twitter, é impossível coletar conteúdo relevante pela ferramenta. É ótimo para interatividade, para analisar qual é o assunto quente do dia, a reação das pessoas sobre um tópico. Também é ótimo para mostrar ao eleitor que ele “faz parte” de algo. No quesito propostas, contudo, os sites oficiais ou redes colaborativas ainda são melhores para você contribuir com uma campanha ou o candidato se mostrar aberto a esse tipo de contribuição externa do cidadão comum. Pelo Twitter, por ser imediatista, o candidato pode incentivar as pessoas a participar, a conhecer essas redes, a enviar propostas, sugestões.

Telles – Sem dúvida. Uma das características das redes sociais é justamente a colaboração. Acredito que o candidato que fizer questão de saber a opinião dos seus seguidores quanto à adoção de políticas públicas colaborativas, terão um grande prestígio perante o povo. Seria o máximo! Uma política pública pelo povo e para o povo, assim como é na mídia social.

8) Será que haverá interesse real dos candidatos em utilizar tais propostas, ou a ferramenta tende apenas a ser mais uma no processo de manipulação da massa?
Rebêlo- Aqui temos uma questão bem mais complexa. Não se trata de o candidato se interessar ou não, mas de toda a rede de profissionais e coordenadores por trás de uma campanha política, de um mandato, seja de vereador ou presidente. Via de regra, a elaboração de propostas é validada por uma equipe enorme de profissionais ligados ao candidato e outros profissionais ligados a outros, uma rede bastante extensa. A dificuldade não é “usar” ou “não usar” as propostas do eleitor, mas a de colocar em prática qualquer proposta apresentada. Pelo eleitor ou não. São as velhas promessas de campanha, que a gente tanto conhece.

Telles - Tudo dependerá do candidato. Se ele for inteligente e entender o crescimento da internet no nosso país, saberá que essa estratégia trará bons frutos não só para sua campanha eleitoral, como também para sua vida política, futuramente.

9) Qual pré-candidato, na sua opinião, tem utilizado melhor a rede? Por quê?
Rebêlo – A Marina Silva. Sem dúvida alguma. Há vários motivos por trás disso. Ela montou uma equipe bem mais sintonizada com a internet, diferentemente de outros candidatos. Embora todos os candidatos tenham profissionais capacitados em suas respectivas equipes, falta sintonia entre eles. A Marina se apresenta como o novo, a exemplo do Obama nos EUA. Mas a voz dela não repercute. A campanha dela não ultrapassa a faixa dos 10% nas intenções de voto, por que? Porque é uma questão política, não é técnica. A Marina tem usado a internet de um jeito interessante, mas ainda não conseguiu replicar offline a mobilização que ela tem online. Quem se beneficia é um tipo de eleitor muito específico. Se a equipe dela tiver foco e souber planejar bem a campanha pensando no futuro, ela será uma candidata com muita força em 2014.

Telles – não respondeu.

10) Os partidos e candidatos montam seus comitês em várias cidades, muitas escolhidas estrategicamente. Vocês acreditam em uso da rede também de forma estratégica para atingir o eleitor em locais em especial?
Rebêlo – Acredito. E acho que, bem planejado e com pessoas engajadas, pode ser uma ferramenta bem interessante na campanha. Os tucanos estão tentando isso com o “Mobiliza PSDB” (www.mobilizapsdb.org.br), até como forma de responder ao PT, que historicamente se mobiliza mais e de um jeito bem mais eficiente em núcleos regionais.

Telles - Sim. Uma das características da internet é justamente não ter limitação geográfica. Ou seja, você pode levar sua mensagem a qualquer nicho do mundo, e a qualquer hora. Assim como a rede servirá para mobilizar nichos eleitorais para determinadas áreas, servirá também para comunicar aos mesmos sem que tenham que sair de casa.

E você, o que acha sobre o assunto? Deixe o seu comentário!

* Entrevista realizada, por e-mail, para a disciplina de Jornalismo Especializado da @fateabr.

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sexta-feira, 11 de junho de 2010

Humanos RH - Palestras por R$20,00

http://humanosrh.com.br/palestras.php
Palestras

Palestra Relações Humanas e Comunicação
Onde houver duas pessoas, com certeza teremos um relacionamento. Diante do crescimento demográfico, multiplicabilidade de aspectos da vida moderna, número elevado de instituições e de grupos aos quais pertencemos, contatos rápidos e superficiais que necessitamos manter com diferentes pessoas de classes sociais, além de outros fatores, necessitamos melhorar a nossa comunicação para relacionar-se bem com as pessoas.
Indivíduos tímidos ou que se comunicam pouco encontram dificuldades para progredir na vida e relacionar-se.

Palestrante:
Isaias Malhado
Repórter-Apresentador da TV Subaé há 18 anos
Jornalista e Radialista da Rádio Subaé
Músico
Compositor

Data:
14 de junho de 2010

Palestra Noções de Segurança do Trabalho
Segurança do trabalho pode ser entendida como o conjunto de medidas que são adotadas visando minimizar os acidentes de trabalho, doenças ocupacionais, bem como proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador.

Palestrante:
João Cezar Ribeiro Chaves
Bacharelado em Ciências Econômicas
Supervisor de serviços de mão de obra terceirizada
Membro do Projeto Amigos do Brasil (Governo Federal)

Data:
15 de junho de 2010

Palestra Networking
NETWORKING é a união dos termos em inglês “NET”, que significa “REDE” e “WORKING”, que é “TRABALHANDO”. O termo, em sua forma resumida, significa que quanto maior for a rede de contatos de uma pessoa, maior a possibilidade desta conseguir uma boa colocação profissional.

Palestrante:
Adauto Matos, Graduado em Administração com Ênfase em Marketing,Especialista em Psicologia Junguiana das Organizações
Data:
16 de junho de 2010

Palestra Coaching
Coaching é uma relação de parceria que desenvolve o potencial das pessoas e maximiza seu desempenho.
É ajudar as pessoas a aprenderem ao invés de ensinar algo a elas. É um diálogo individual, face a face, em que o coach auxiliar a pessoa a entender e conscientizar-se de seus pontos fortes e seus pontos fracos e a comprometer-se para melhorar seu desempenho.

Palestrante:
Ana Patrícia Gondim Teles Pinto, Bacharel em Administração
Experiência em Recursos Humanos há 15 (quinze) anos
Data:
17 de junho de 2010

Palestra Motivação e Sucesso
Pequenas coisas fazem a diferença! E é você quem determina se quer ou não esta mudança. Continuar na mesma, avançar um pouco ou progredir notoriamente são opções tomadas livre e individualmente.
Enxergar a realidade ao nosso redor de forma distorcida ou não enxergar é, sem dúvida, um dos principais entraves para crescimento pessoal (Lair Ribeiro).

Palestrante:
Gloria Fernández B. M. Moraes, Administradora de Empresas,
Especialista em Gestão Empresarial e Gestão de Pessoas
Data:
21 de junho de 2010

Palestra TPM (Manutenção Produtiva Total)
A TPM tem como objetivo principal, a melhoria da estrutura da empresa em termos materiais (máquinas, equipamentos, ferramentas, matéria-prima, produtos etc.) e em termos humanos (aprimoramento das capacitações pessoais envolvendo conhecimento, habilidades e atitudes). A meta a ser alcançada é o rendimento operacional global.
As melhorias devem ser conseguidas por meio dos seguintes passos:
a) Capacitar os operadores para conduzir a manutenção de forma voluntária.
b) Capacitar os mantenedores a serem polivalentes.
c) Capacitar os engenheiros a projetarem equipamentos que dispensem manutenção, isto é; o “ideal” da máquina descartável.
d) incentivar estudos e sugestões para modificação dos equipamentos existentes a fim de melhorar seu rendimento.

Palestrante:
Mário César de Oliveira Carvalho
Graduação em Engenharia Civil
Pós-graduação em Gestão Empresarial
-Diretor do Centro das Indústrias de Feira de Santana (CIFS)
-Membro da Comissão de Infra-estrutura da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB)
-Presidente do Conselho de Administração do Centro de Tecnologia do Estado da Bahia (CETEB)
-Diretor da Associação Comercial de Feira de Santana (ASCEFS)
-Coordenador do Programa de Qualidade Bahia (PQB)
-Professor de Organização Industrial - CETEB
-Consultor Organização Industrial.
Data:
22 de junho de 2010

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Comunicação e Marketing - links interessantes

Mercado e Profissão

Pelo caráter abrangente e diversificado da sua formação, o profissional de Comunicação e Marketing amplia o seu campo de trabalho. Ele pode atuar em Departamentos de Marketing de Agências de Publicidade, Assessorias de Comunicação, Instituições Privadas, Órgãos Públicos e no Terceiro Setor. Além disso, é preparado para atuar em institutos de pesquisa, produtoras de vídeo e áudio, fornecedores da área digital ou impressa e ONGs.


Links Interessantes

Mundo do Marketing
http://www.mundodomarketing.com.br/
Site que apresenta diversas vertentes do ambiente mercadológico, difundindo informações acerca de eventos e novidades da área do marketing.

Associação Brasileira de Marketing & Negócios
http://www.abmn.com.br
Fundada em 04 de novembro de 1971, a ABMN - Associação Brasileira de Marketing & Negócios - é uma entidade sem fins lucrativos que reúne profissionais de marketing e áreas afins. A entidade tem procurado ser tradutora da fronteira tecnológica, no que diz respeito aos conceitos e prática do marketing.

Associação Brasileira de Marketing Rural & Agronegócio
http://www.abmr.com.br/
Em 1979 foi fundada a ABMR&A resultado da união de profissionais engajados em trocar informações, fortalecer e valorizar o Marketing Rural Brasileiro. Ao longo de seus vinte e nove anos de existência, a ABMR&A - Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio vêm contribuindo decisivamente para a promoção e desenvolvimento do Marketing Rural do Agronegócio Brasileiro.

Associação Brasileira de Marketing Direto
http://www.abemd.org.br/
A Associação Brasileira de Marketing Direto tem como um dos seus objetivos principais, trabalhar em prol do desenvolvimento e aprimoramento das técnicas e atividades de Marketing Direto no Brasil, defendendo seus interesses e disseminando seus princípios teóricos e aplicações práticas.

Vetora – Marketing de Guerrilha
http://www.vetora.com.br/
Site que aborda questões sobre o uso do marketing de guerrilha e suas propriedades.

Associação de Marketing Promocional
http://www.ampro.com.br
A AMPRO - Associação de Marketing Promocional foi criada em 1993 com o objetivo de reunir e representar todos os segmentos de marketing promocional do país. Essa representação se deu através da filiação de empresas de marketing promocional, fornecedores de produtos e de serviços promocionais, veículos de comunicação, empresas/clientes e profissionais.

Lins Interessantes:

Empresas de Alunos e Ex-Alunos

Frente Guerrilha

Empresa de Marketing de Guerrilha

http://blogdafrente.blogspot.com

Tuppi Propaganda

Agência de Propaganda

www.tuppi.com.br

Vetora

Empresa de Marketing de Guerrilha

www.vetora.com.br

Além da Propaganda

Promoção de Eventos

http://blog.alemdapropaganda.com.br



Entidades e Associações

ABA

Associação Brasileira de Anunciantes

www.aba.com.br

ABAP

Associação Brasileira das Agências de Propaganda

www.abap.com.br

ABAP BAHIA

Associação Brasileira das Agências de Propaganda – Capítulo Bahia

www.abap-ba.com.br

ABEMD

Associação Brasileira de Marketing Direto

http://www.abemd.org.br

ABIGRAF

Associação Brasileira da Indústria Gráfica

www.abigraf.org.br

ABMP

Associação Baiana do Mercado Publicitário

www.abmp.com.br

ABTG

Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica

www.abtg.org.br

ADVB

Associação de Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil

www.advbfbm.gov.br

AMPRO

Associa&ccedi l;ão de Marketing Promocional

www.ampro.com.br

CENP

Conselho Executivo das Normas Padrão

www.cenp.com.br

Central de Outdoor

Entidade de Outdoor do Brasil

www.outdoor.org.br

Clube de Criação

Apresenta todos os anuários de criação do Brasil

www.ccsp.com.br

CONAR

Conselho Nacional de Auto-Regulamentação Publicitária

www.conar.org.br

Grupo de Mídia Bahia

Informações sobre o mercado de mídia da Bahia

www.gmba.org.br

Grupo de Mídia São Paulo

Informações sobre o mercado de mídia de São Paulo

www.gmsp.org.br

Grupo de Planejamento

Site oficial do Grupo de Planejamento

www.grupodeplanejamento.com.br

SINAPRO BAHIA

Sindicato das Agências de Propaganda da Bahia

www.sinaprobahia.com.br



Eventos

Maximídia Sat Salvador

Um dos eventos mais importantes do mercado publicitário local

www.maximidiasatssa.com.br



Notícias

AD NEWS

Notícias da área de comunicação e marketing

www.adnews.com.br

Almanaque da Comunicação

Reúne diversas informações sobre os 200 Anos de Imprensa no Brasil, Propaganda, Jornais e Revistas, Rádio e TV

www.almanaquedacomunicacao.com.br

Blue Bus

Notícias da área de comunicação e marketing

www.bluebus.com.br

Jornal Meio e Mensagem

O maior jornal da área de Propaganda

www.mmonline.com.br

Mundo do Marketing

Notícias da área de marketing.

www.mundodomarketing.com.br

Portal da Propaganda

Notícias da área de comunicação e marketing

www.portaldapropaganda.com

Propaganda e Marketing

Notícias da área de comunicação e marketing

www.propmark.com.br



Publicações

Revista HSM Management

A mais importante publicação do País sobre as tendências mundiais e os principais conceitos em gestão empresarial.

www.hsmmanagement.com.br



Prêmios

Bahia Recall

Área de Criação

http://bahiarecall.ibahia.globo.com

Festival Internacional de Publicidade e Turismo do Rio de Janeiro

Área de Criação

www.fiptur.com.br

Prêmio da Central de Outdoor

Área de Criação

www.outdoor.org.br

Prêmio de Mídia do Estadão

Área de Mídia

www.estadao.com.br/premiodemidia

Festival Mundial de Publicidade de Gramado

Área de Criação

www.festivalgramado.com.br/2009

Festival Nacional de Vídeo-Imagem de 5 minutos

Área de Criação

quarta-feira, 9 de junho de 2010

II Congreso Internacional Comunicación 3.0: nuevos medios, nueva comunicación

por Marcos Palácios
A Universidade de Salamanca (Espanha), por intermédio da Faculdade de Ciências Sociais / Departamento de Sociologia e Comunicação e da Rádio Universidade, está organizando o II CONGRESO INTERNACIONAL COMUNICACIÓN 3.0: NUEVOS MEDIOS, NUEVA COMUNICACIÓN, que ocorrerá em Salamanca, entre os dias 4 e 5 de outubro próximos.
A tônica é a interferência das tecnologias de informação e de comunicação nos meios de comunicação, em suas diferentes instâncias – impresso, TV, rádio e, obviamente, no próprio espaço digital e virtual –, transformando, substancialmente, as formas de comunicação e seu próprio conceito.
Em breve, estarão no site do Congresso http://comunicacion3punto0.com informações completas sobre suas atividades. Por enquanto, os interessados podem visitar a página para saber como aconteceu a 1ª edição e começar a se preparar para participar.

Cursos de inverno da INTERCOM

Cursos de inverno da INTERCOM ampliam fronteiras do conhecimento para jovens docentes e futuros pesquisadores


O Programa INTERCOM JOVEM, mantido pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, desde o ano passado, está anunciando 4 novos cursos, organizados especialmente para atender as demandas cognitivas dos sócios em início de carreira acadêmica ou para complementar o referencial pedagógico de jovens docentes ou pesquisadores.

Para Julho 2010 estão previstos os seguintes cursos de extensão universitária: 1- Novas Tendências da Comunicação: Ensino e Pesquisa, 2 - Teoria da Comunicação: Correntes de Pensamento, 3 - Comunicação, Desenvolvimento, Cidadania, 4 - Marketing Político nas Eleições.

Estrutura

O corpo de professores é constituído por renomados pesquisadores da área, bem como por novos talentos que principiam a se destacar nos grupos de pesquisa da associação.
Cada curso tem duração de uma semana, de acordo com o planejamento feito pelos Professores José Marques de Melo e Adlpho Queiroz, antigos presidentes e membros do conselho curador da INTERCOM. Os participantes que cumprirem a carga-horária farão jus a Certificado expedido pela Diretoria Cultural da entidade.
As aulas serão ministradas no auditório da Sede Brigadeiro - Av. Brigadeiro Luis Antonio, 2050 – cj. 36/38. Informações podem ser obtidas com Jovina, pelo telefone: 11 – 38927558 ou através do email: intercomjovem@intercom.org.br
Os Cursos de Atualização Cultural e de Formação Acadêmica oferecidos em julho/2010 fazem parte da Linha 1 – Formação Continuada do Programa INTERCOM JOVEM.


Objetivos

Pretende-se complementar a formação acadêmica dos concluintes ou egressos dos cursos superiores de Comunicação Social que pretendem dedicar-se à carreira acadêmica, bem como reciclar os docentes em atividade, oferecendo oportunidades de atualização teórica e metodológica.

Natureza
Cursos de extensão universitária, ministrados por sócios ou colaboradores da INTERCOM, carga horária de 30 horas/aula, de segunda a sexta, das 9h-12h e 14h-17, com direito a certificados de participação e ao recebimento de um conjunto de publicações de apoio didático. Podem se inscrever portadores de diploma de nível superior ou concluintes dos cursos de graduação.

Inscrição

As inscrições estarão abertas de 1 a 25 de junho, na sede Brigadeiro da INTERCOM, onde também se realizarão as aulas. As turmas serão constituídas por até 30 alunos, previamente inscritos, que serão matriculados por ordem de inscrição. A taxa de inscrição para cada curso será de 600,00 (seiscentos reais), com desconto de 50% para os sócios da INTERCOM em dia com suas obrigações estatutárias. O pagamento dessa taxa será divido em 3 parcelas – a primeira no ato da matrícula e as duas seguintes em cheques pré-datados com vencimento em julho e agosto.

Descrição dos cursos

IJ1 - Novas Tendências da Comunicação: Teoria e Praxis

05 de 09 de Julho –

Coordenação: José Marques de Melo e Rose Vidal

Dia 5 – 2ª. feira
Abertura: José Carlos Marques (Diretor da INTERCOM)

9h-12h - A indústria editorial – Sandra Reimão (USP)

14h-17h – A literatura na Idade Mídia – Marcelo Bulhões (UNESP)

Dia 6 – 3ª. feira
9h-12h - A indústria dos quadrinhos – Roberto Elísio (USCS)

14h-17h – A indústria cinematográfica – Anita Simis (UNESP)

Dia 7 – 4ª. feira
9h-12h - Televisão: diálogo entre cinema e literatura – Paulo Schettino (UNISO)

14h-17h – A indústria da propaganda – Adolpho Queiroz (UMESP / Mackenzie)

Dia 8 – 5ª. feira
9h-12h – Educomunicação: o desafio da interdisciplinaridade – Laan Mendes de Barros (UMESP)

14h-17h – Jornalismo: a revolução das fontes – Carlos Chaparro (USP)

Dia 9 – 6ª. feira
9h-12h - Cibercultura: na fronteira entre analógico e digital – Eugenio Trivinho (PUC-SP)

14h-17h – Por uma outra comunicação: dentro e fora do campus - Rose Vidal (UNITINS) e José Marques de Melo (UMESP)

Encerramento: Rosa Maria Dalla Costa – Diretora da INTERCOM



IJ2 - Teoria da Comunicação: Correntes de Pensamento

12 a 16 de julho

Coordenação: José Marques de Melo e Francisco de Assis


Dia 12 – 2ª. feira

Abertura: Antonio Hohlfeldt – Presidente da INTERCOM

9h-12h - – Epistemologia e Taxionomia da Comunicação – Anamaria Fadul (USP) e José Marques de Melo (UMESP)

14h-17h – Funcionalismo – Francisco de Assis (UNITAU)

Dia 13 – 3ª. feira

9h-12h – Teoria Crítica – Marli dos Santos (UMESP)

14h-17h – Teoria da Informação – Isaac Epstein (INTERCOM)

Dia 14 – 4ª. feira

9h-12h – Estruturalismo e pós-estruturalismo – Elizabeth Gonçalves (UMESP)

Aula 6 – Semiologia – Osvando J. de Morais (UNISO)

Dia 15 – 5ª. feira

9h-12h – Teorias da Recepção – Márcia Tondato (ESPM)

14h-17h – Pensamento Latino-Americano – Maria Cristina Gobbi (UMESP/UNISO)

Dia 16 – 6ª. feira

9h-12h – Folkcomunicação – Cristina Schmidt (UMC)

14h-17h – Teorias sobre a rede (Yochai Benkler, Milton Santos e Pierre Lévy) – Fabio Josgrilberg (UMESP)
Encerramento: Osvando J. de Morais – Diretor da INTERCOM



IJ3 - Comunicação, Desenvolvimento, Cidadania

19-23 de julho

Coordenação: José Marques de Melo e Francisco de Assis


2ª. feira, dia 19
Abertura – Fernando de Almeida – Diretor da INTERCOM
9h-12h– Comunicação e Desenvolvimento – Monica Franchi Carniello (UNITAU) e Francisco de Assis (UNITAU)

14h-17h – Comunicação e Mercado – Daniel Galindo (UMESP)

3ª. feira, dia 20
9h-12h – Comunicação e Cultura Organizacional – Maria Aparecida Ferrari (USP)

14h-17h – Comunicação e Opinião Pública – Marcos Paulo da Silva (UMESP)

4ª. feira, dia 21
9h-12h – Comunicação e Movimentos Sociais – Ana Luiza Zaniboni Gomes (Oboré)

14h-17h – Comunicação e Sustentabilidade – Backer Ribeiro Fernandes (USP)

5ª. feira, dia 22
9h-12h – Comunicação e Cultura Popular na Intenet – Fábio Corniani (Unipampa)

14h-17h – Comunicação, Ciência e Tecnologia – Graça Caldas (UNICAMP)

6ª. feira, dia 23
9h-12h – Comunicação, Turismo e Hospitalidade – Claudia Gouvea Franco (UMESP)
14h-17h – Comunicação e Religião – Thiago de Oliveira (Instituto Vital Brasil)
Encerramento - Maria Cristina Gobbi – Diretora da INTERCOM


IJ4 - Marketing Político nas Eleições

26-30 de Julho

Coordenador: Adolpho Queiroz

Ementa: Este curso se propõe a definir conceitos e práticas a respeito do marketing político em campanhas municipais/regionais/nacionais, com objetivo de oferecer a estudantes, pesquisadores, políticos, assessores e demais interessados, uma visão sobre as interfaces da comunicação num processo eleitoral.

Dia 26 – 2ª. feira
· Definições de marketing político e eleitoral;, Propaganda política, ideológica e construção da imagem pública;, Planejamento de campanhas eleitorais;, Táticas de comunicação a serem utilizadas durante uma campanha eleitoral.
Dia 27 – terça feira
· Legislação eleitoral: o que se permite e o que é proibido usar durante as campanhas do ponto de vista da comunicação; Breve história do marketing político no Brasil; Principais técnicas e argumentos utilizados por candidatos vencedores. A produção intelectual sobre o campo nas vertentes acadêmica e profissional; Os meios de comunicação em uma eleição: TV e Rádio, Jornais, revistas, mini outdoors e impressos.
Dia 28 – quarta-feira
· A internet nas eleições. Como preparar um site e mantê-lo atualizado; Potencializar a tecnologia para a organização de uma campanha; Perspectivas evolutivas da tecnologia web para a contribuição nas ações de comunicação política; Importância do uso de pesquisas para monitoramento pré e pós-eleitoral; Características do Marketing Pós-eleitoral.
Dia 29 – 5ª. feira
· Perfil dos marketeiros contemporâneos; Perfil das instituições de pesquisa acadêmica e aplicada sobre marketing político; Perfil das associações de pesquisa que trabalham com a produção de conhecimento novo sobre marketing político.
Dia 30 – 6ª. feira
· Seminário: Realização de uma campanha completa para candidato proporcional e majoritário; Apresentação das ações desenvolvidas;
· Avaliação geral do curso. Debate sobre conteúdos específicos e práticas realizadas


Corpo docente: Adolpho Queiroz (Umesp/Mackenzie); João Carlos Picolin (Faculdades Claretianas/Rio Claro); Paulo D´Elboux (Faculdades Anhanguera/Santa Barbara d´Oeste); Maurício Romanini ( Faculdades de Guaxupé/MG); Roberto Gondo (Umesp/Mackenzie); Vitor Kraide Corte Real (Isca/Limeira e PUC/Campinas)

terça-feira, 8 de junho de 2010

UFJF: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais

Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais

Nível: Mestrado, Doutorado.
Conceito M/D: 3/4
Ano de Instalação Mestrado/Doutorado: 2004/2008
Área de Concentração:
Mestrado e Doutorado:
Cultura;
Poder;
Instituições.
Linhas de Pesquisa:
Mestrado e Doutorado:
Cultura, democracia e instituições;
Políticas Públicas e Desigualdade Social;
Diversidade e Fronteiras Conceituais.
Duração Média M/D: de 12 a 24 meses/ de 24 a 48 meses.
Destinado a M/D: graduados em diversas áreas, tais como comunicação social, arquitetura, direito, pedagogia, turismo, psicologia, letras entre outras
Site: http://www.ppgcienciassociais.ufjf.br/

sexta-feira, 4 de junho de 2010

http://www.livrospdf.com/pdf/4/kunsch
Boa fonte de pesquisa!

(Re) Construindo a história das Relações Públicas.

Profª Drª Cleusa Maria Andrade Scroferneker
FAMECOS/PUCRS

“ O inesperado surpreende-nos. É que nos instalamos de maneira segura em nossas teorias e idéias, e estas não têm estrutura para acolher o novo. Entretanto, o novo brota sem parar. Não podemos jamais prever como se apresentará, mas deve-se esperar sua chegada, ou seja, esperar o inesperado. E quando o inesperado se manifesta, é preciso ser capaz de rever nossas teorias e idéias, em vez de deixar o fato novo entrar à força na teoria incapaz de recebê-lo.” (MORIN, 2000b, p.30)




A proposta do presente texto, com certeza, não é original, na medida que objetiva refletir (novamente) sobre algumas questões que envolvem a área de Relações Públicas. A originalidade, talvez, esteja na reflexão guiada pelo pensamento moraniano. A opção pela Complexidade se justifica, pois se acredita ser necessário a (re) construção da história das relações públicas, tendo como referência(s) outro(s) paradigma (s).

Opta-se igualmente pela expressão área na tentativa de minimizar os impasses conceituais que o próprio termo encerra, como bem assinalou Simões (1995, pp.45) “O termo Relações Públicas é polissêmico. (...) verifica-se essa asserção observando-se o discurso de todos aqueles que tratam do assunto, pois com estas duas palavras visam identificar vários objetos”.

Para França (2003, p.129) “ é difícil tentar encontrar os caminhos pelos quais se chegou à formação do conceito de relações públicas no Brasil. Polissêmicas em suas manifestações, elas fazem que cada interlocutor as veja na medida de sua percepção.”

Essa polissemia , por sua vez, impregna as inúmeras definições – mais de 100 – revelando as incongruências e vicissitudes de uma área relativamente recente no Brasil. Em artigo publicado em 1999, Moura e Scroferneker já constatavam, após análise das definições de Relações Públicas “(...) a existência de um descompasso entre os diferentes autores. Não há consenso, a ambigüidade é constante” (p.212) Afirmavam ainda, que, as Relações Públicas se assemelhavam a um caleidoscópio, talvez um mosaico, multicolorido que de acordo com o movimento feito, apresentava diferentes configurações. Tal afirmação era referendada pelo fato da análise realizada ter evidenciado que as Relações Públicas eram definidas como “uma técnica de comunicação, uma profissão, uma atividade ou conjunto de atividades, uma função administrativa, um método, um princípio fundamental da própria existência do ser humano, uma religião ou ainda uma filosofia de administração” (p.212)”

França (2003,p130)também, identificou “Tendências que caracterizam a atividade como própria do campo da administração, das Ciências da Comunicação e das Ciências Sociais Aplicadas, ou mesmo como uma mera prestadora de serviços às organizações, havendo até quem a eleve ao nível de ciência”.

Autores como Simões (1995,2001) e Kunsch (1986,1997,2003) e mais recentemente França (2003) e Ferrari (2002, 2003), trilhando caminhos e/ou abordagens teóricas diferentes, tem procurado dimensionar e definir o campo de atuação dessa área.

Em Relações Públicas e Micropolítica (2001), Simões afirma estar trazendo ‘ um olhar renovador posterior e mais específico sobre a teoria que define conceitualmente a atividade de Relações Públicas como Gestão da Função Organizacional Política”( p.13). Para esse autor, portanto, “ a atividade (profissional ) de Relações Públicas é a Gestão da Função Política” (p.51), visando “(...) a ação favorável dos públicos à missão da organização.”(p.52)

Kunsch, por sua vez, destaca no prefácio da 4ª edição de seu livro Planejamento de Relações Públicas na Comunicação Integrada que uma das três propostas dessa edição revista, atualizada e ampliada é procurar “ posicionar as relações públicas, estrategicamente como um campo das ciências da comunicação com teorias próprias, que desempenha funções específicas nas organizações” (2003, p.13).

França recorrendo à categoria aristotélica de relação afirma que “a essência da atividade de relações públicas são os relacionamentos estratégicos com públicos específicos e que somente a partir deles é que se estabelecem as diferentes modalidades do exercício profissional ou da parte operacional da atividade”. (2003, p.150). Para esse autor, “relações públicas são uma atividade estratégica de relacionamentos com públicos específicos.” (idem)

Para Ferrari (2003,p.58). “ as relações públicas aparecem no cenário das organizações para a ajudar a construir relacionamentos harmônicos e duradouros destas com os públicos dos quais depende a sua sobrevivência”

As perspectivas desenvolvidas pelos autores mencionados reafirmam e consolidam o objeto das relações públicas: organizações-públicos, mas também evidenciam que a área ainda encontra-se em uma ‘encruzilhada’ conceitual.

É provável que esses autores tenham igualmente essa percepção, na medida que enfatizam em seus textos a ‘escassez’ de pesquisas, especialmente no âmbito acadêmico, reiterando a necessidade da produção e avanço do conhecimento na área de relações Públicas. Sem pesquisa não há geração de conhecimento. Para Ferrari (2003, p.10),

“ é preciso definir relações públicas de forma clara e concisa e, ao mesmo tempo desenvolver pesquisas que permitam identificar as suas diferenças locais e, então estruturar um programa de divulgação, de forma a possibilitar à sociedade uma compreensão adequada de seu conceito”.


Desde já duas questões se impõem: Acaso não é isso que as relações públicas vem fazendo há muito tempo, especialmente via Conselhos? Como explicar, que uma área que trabalha com comunicação, que busca o entendimento entre as partes (só para citar alguns dos seus desafios) não tenha ainda conseguido a construção dessa definição, a identificação das diferenças e mais, não tenha obtido a compreensão do seu conceito?

França (2003) elenca quatro razões (consideradas ousadia pelo autor) para justificar a pouca visibilidade dessa atividade iniciada em 1914, no Brasil, quais sejam: poucos estudos específicos sobre a conceituação teórica de relações públicas; “a produção inicial ligada às relações públicas foi em grande parte perdida, não divulgada ou só permaneceu acessível a poucos”; ausência de análise crítica do que é produzido em relações públicas, levando ao seu consumo ‘sem contestação’. O autor enfatiza a quarta razão como uma das causas determinantes da “(...) atual falta de excelência dessa atividade, isto é, “a falta de debate, da controvérsia, que se diz própria de relações públicas” (p.129). Para o mesmo autor,

“amplia-se o debate quando se criticam as relações públicas como atividade que ainda não foi capaz de constituir e defender um corpo consolidado de doutrina a sustentá-la e a lhe dar status de a diferenciasse das habilitações midiáticas da comunicação social, oferecendo-lhe maior peso no contexto administrativo e estratégico das organizações.” (idem, pp.131-132)


Acredita-se que não se trata de buscar culpados e/ou iniciar discussões inócuas que tem levado no mais das vezes a responsabilizar a atuação de outras áreas, como o marketing e no limite da paranóia, da comunicação organizacional, por essas e outras dificuldades.

Talvez uma das causas possíveis esteja na discreta participação da Universidade, mais especificamente dos docentes dos cursos de Relações Públicas que vem negligenciando a produção de conhecimento nessa área. Basta atentar para o número reduzido de lançamentos de obras de relações públicas e nas dificuldades encontradas pelos professores em inovar e/ou atualizar os seus textos. É bastante comum o aluno do curso de relações públicas trabalhar o mesmo texto em mais de uma disciplina. Quem já não ouviu: este texto nós já lemos na disciplina X. Vamos ter que lê-lo novamente? Isso não quer dizer que um mesmo texto não possa ser explorado, a partir de novas visões e/ ou perspectivas. Mas essa não tem sido, com certeza, a prática mais comum.

Retomamos o impasse. Estamos novamente em uma encruzilhada. E novos questionamentos emergem, agora no plano estritamente acadêmico, no processo ensino-aprendizagem.

Como é contextualizado o’surgimento’ das relações públicas? A que situações e/ou fatos a atividade e atuação profissional são relacionados na sua origem? Como todo esse conhecimento tem sido desenvolvido junto aos alunos de Comunicação Social, e especialmente de Relações Públicas? E os professores, profissionais dessa área tem sido suficientemente críticos e reflexivos para (re)construirem essa história?

Em relação às duas primeiras questões, a tentativa de resposta é igualmente um questionamento: Quais os impactos (se é que é possível estabelecê-los) de uma história que expõe de forma clara o maniqueísmo de uma área? Ou fica alguma dúvida, quando se depara com a seguinte colocação: “Assim, os grandes capitalistas denunciados, acusados e acuados encontraram em Yvy Lee o grande caminho para evitar denúncias...(...)(WEY, Hebe, 1986, p.30) Esta e tantas outras passagens que fazem parte da história das relações públicas nos Estados Unidos, na Europa ou mesmo Brasil ( especialmente no que ser refere ao período militar) precisa ser retomada e contextualizada , discutida, até porque há uma outra história a ser ‘contada’.

Acredita-se que essa outra história das Relações Públicas necessita ser (re)construída. E o espaço dessa reconstrução é a Universidade. Professores e alunos são os artífices dessa (re)construção.

Talvez, um dos passos dessa (re)construção esteja na possibilidade de rever-se o paradigma que tem ‘acolhido’ as Relações Públicas, e que de certa forma, vem sendo reiteradamente reforçado. As relações públicas tem historicamente, buscado ‘acolhimento’ no paradigma funcionalista. De acordo com Rudigüer ( 1998, p.50) ,sob essa perspectiva,

(...) os processos de ação social se estruturam em sistemas, que procuram reduzir as tensões do mundo da vida e manter equilibrado o funcionamento da sociedade. A sociedade deve ser estudada como um sistema complexo de relações funcionais, - resultantes da colaboração conjunta de todos os seus membros-, que se estrutura em seus vários níveis, visando solucionar os problemas surgidos no curso da vida em comum”.


Esta ‘quase’ exclusividade da utilização desse Paradigma, não raras vezes, tem levado a um reducionismo em abordar a área de relações públicas na sua concepção do ‘como-fazer’ identificando o profissional de relações públicas como ‘tarefeiro’. Para França (2003, p.132) “Em sua maioria, as definições são meramente funcionais, operacionais e descritivas,(...) não expressam o que são as relações públicas pela sua essência, mas por suas propriedades e pela enumeração de suas diversas funções, estratégias e ações.”

De acordo com Morin,( 2001, p.26) “O paradigma desempenha um papel ao mesmo tempo subterrâneo e soberano em qualquer teoria, doutrina ou ideologia. O paradigma é inconsciente, mas irriga o pensamento consciente, controla-o e, neste sentido, é também supraconsciente.”

Buscando estabelecer algumas correlações com o pensamento moraniano acredita-se ser possível afirmar que as relações públicas desenvolve-se atrelada ao paradigma da simplificação. “O paradigma da simplificação (disjunção e redução) domina a nossa cultura actualmente e é actualmente que começa a reacção contra a sua empresa”, afirma Morin (2001, p. 112). Sob essa perspectiva,

“O paradigma da simplicidade é um paradigma que põe ordem no universo e expulsa dele a desordem. A ordem reduz-se a uma lei, a um princípio. A simplicidade vê que o uno, quer o múltiplo, mas não pode ver que o Uno pode ser ao mesmo tempo o Múltiplo. O princípio da simplicidade quer separar o que está ligado (disjunção), quer unificar o que está disperso ( redução).” ( idem, p.86)


Não há pretensão em execrar o paradigma funcionalista, mas sim de alertar para a necessidade de buscar-se outros paradigmas para ‘darem conta’ às inquietações de pesquisadores, professores e alunos de relações públicas. Simões (2001, p.29) afirma que “Professores e alunos defrontam-se com dificuldade no que diz respeito ao que estão explicando e ao que deveriam estar compreendendo sobre esta tal ‘Relações Públicas’”. Acaso, as (inúmeras) possibilidades de explicação e compreensão não estão relacionadas ao conhecimento?

Para Morin (2000a, p.15) “O conhecimento pertinente é o que é capaz de situar qualquer informação em seu contexto e, se possível, no conjunto em que está inscrita. A Informação é entendida como “(...) a matéria – prima que o conhecimento deve dominar e integrar”; já o conhecimento deve ser permanentemente revisitado e revisado pelo pensamento; e o pensamento, por sua vez, “é , mais do que nunca, o capital mais precioso para o indivíduo e a sociedade.” (MORIN, 2000a, p.18). Ainda, segundo o mesmo autor,

“Todo o conhecimento opera por selecção de dados significativos e rejeição de dados não significativos: separa (...) e une; (...) hierarquiza e centraliza (...). Estas operações, que utilizam a lógica, são de facto comandadas por princípios `supralógicos`de organização do pensamento ou paradigmas, princípios ocultos que governam a nossa visão das coisas e do mundo sem que disso tenhamos consciência.”(2001, p.14)


Quem sabe não é chegada a hora das relações públicas revisitar a sua história, ampliando a sua visão das coisas com consciência. Como já dizia Geraldo Vandré em Para Não dizer que não falei das flores... Quem sabe faz a hora, não espera acontecer...

Dentre as muitas possibilidades está o paradigma da Complexidade, que segundo Morin, (2001, p.22) “comportaria um princípio dialógico e translógico, que integraria a lógica clássica tendo simultaneamente em conta os seus limites de facto (problemas da contradição) e de jure (limites do formalismo).” Para o mesmo autor,

À primeira vista, a complexidade é um tecido ( complexus: o que tecido junto) de constituintes heterogêneos inseparavelmente associados: coloca o paradoxo do uno e do múltiplo. Na segunda abordagem a complexidade é efectivamente o tecido de acontecimentos, açções, interacções, retroacções, determinações, acsos, que constituem o nosso mundo fenomenal.” ( 2001 a, p. 20)


As colocações de Morin, de certa forma, sinalizam alternativas para a (re) construção da história das relações públicas, onde há a possibilidade de ser, simultaneamente, ator e autor dessa outra parte da história.

Uma outra parte que necessita ser revisitada e revisada em um mundo de relações voláteis e intensas, de economias globalizadas e globalizáveis, de organizações lucrativas, responsáveis socialmente, que ora se humanizam, para desumanizarem-se logo adiante. É o estímulo aos indivíduos organizacionais ‘sem rosto’ (ou seria outro rosto?), da virtualização da comunicação. Como as relações públicas estão transitando em uma realidade-mundo cada vez mais complexa que impõe soluções únicas, para organizações únicas, embora múltiplas? O `olhar´ funcional tem conseguido perceber e interpretar essa nova realidade?

A (re) construção dos currículos dos cursos de relações públicas se constituem em uma das alternativas concretas desse revisitar e dessa revisão. Morin (2000, p.24) alerta que “Não se joga o jogo da verdade e do erro somente na verificação empírica e na coerência lógica das teorias. Joga-se também, profundamente, na zona invisível dos paradigmas. A educação deve levar isso em consideração”. Aceitar tal afirmação implica concordar com o autor quando afirma que é `necessária a reforma do pensamento’ isto é, de uma reforma paradigmática, e não programática. As revisões curriculares têm revisitado o(s) paradigma(s) que os tem sustentado? A preocupação excessiva com a `voz` do mercado não tem levado à criação de um elenco de disciplinas isoladas, que fragmentam o conhecimento, dificultando a reflexão e o posicionamento crítico? Para Morin (2000a, p.17), “os conhecimentos fragmentados só servem para o usos técnicos”. Torna-se, portanto, necessário,


(...) pensar o ensino, considerando, por um lado, os efeitos cada vez mais graves da compartimentação dos saberes e da incapacidade de articulá-los, uns aos outros; por outro lado, considerando que a aptidão para contextualizar e integrar é uma qualidade fundamental da mente humana, que precisa ser desenvolvida, e não atrofiada. (idem, p.16)


É importante deixar claro que não é intenção do texto afirmar que o Paradigma da Complexidade é o melhor caminho ou a melhor saída. Nem tampouco, negar toda a contribuição do Paradigma Funcionalista. Seria contraditório adotar tal atitude.

A pretensão (ou será ousadia?) é de alertar para a necessidade de pesquisa, de produção de conhecimento, de reflexão e crítica à luz de outras perspectivas, de outros paradigmas. É preciso incomodar-se com o que está posto, mesmo que seja para confirmar que se estava errado, pois “Todo o conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão. A educação do futuro deve enfrentar o problema da dupla face do erro e da ilusão.”(...) A educação deve mostrar que não há conhecimento que não esteja, em algum grau ameaçado pelo erro e pela ilusão.”(MORIN, 2000b, p.19)

É mister confessar que quando da decisão em escrever esse texto trilhando o caminho da Complexidade as sensações de insegurança e incerteza fizeram-se presentes. Mas à medida que o texto ia sendo construído e desconstruído (a partir dos inúmeros questionamentos) essas sensações revelavam-se confortáveis, pois de acordo com Morin, por em prática nossas interrogações “constitui o oxigênio de qualquer proposta de conhecimento”. (2000b, p.31)

Então fica o convite (ou será um desafio) para que este oxigênio seja compartilhado na Universidade pelos docentes de relações públicas (pois há para todos), a fim de evitar-se que as relações públicas entre em `agonia e deixe de respirar`.



Referências Bibliográficas

FERRARI, Maria Aparecida. Novos Aportes das relações públicas para o século XXI. In: Revista de Comunicação e Sociedade. São Bernardo do Campo: Umesp., Ano 24, nº 39, 1º semestre/2003, pp. 53-65.
FRANÇA, Fábio. Subsídios para o estudo do conceito de relações públicas no Brasil. In: Revista de Comunicação e Sociedade. São Bernardo do Campo: Umesp., Ano 24, nº 39, 1º semestre/2003, pp.127-154.
KUNSCH, Margarida M.K. Relações Públicas e Modernidade: novos paradigmas na comunicação organizacional. São Paulo:Summus, 1997. Coleção Novas Buscas em Comunicação, v.56).
________________Planejamento de relações públicas na comunicação integrada. 4 ed. São Paulo: Summus, 2003.
MORIN, Edgar. Introdução ao pensamento complexo. 3. ed. , Lisboa: Instituto PIAGET: 2001.
________________, A cabeça bem feita: repensar e reformar, reformar o pensamento. Trad. Eloá Jacobina. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000 a.
_______________, Os sete saberes necessários à educação do futuro. Trad. Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya. 2ed . São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNESCO, 2000b.
MOURA, Claudia Peixoto de e SCROFERNKER, Cleusa Maria Andrade., Relações Públicas x função política e a administração de conflitos/controvérsias nas organizações. In: Côrrea, Tupã Gomes e Freitas, Sidinéia Gomes (Org.)., Comunicação Marketing, Cultura: sentidos da administração, do trabalho e do consumo. São Paulo:ECA/USP:CLC, 1999, pp203-227.
SIMÕES, Roberto Porto. Relações Públicas e Micropolítica. São Paulo: Summus, 2001. (Coleção Novas Buscas em Comunicação, v.64).
______________ Relações públicas: função política. São Paulo: Summus, 1995.
WEY, Hebe. O processo de relações públicas. 3ed., São Paulo: Summus, 1986.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Referências: apud, et al., et seq., idem, id., op. cit., passim etc

por Bruno Cunha


Para os que já leram algum artigo científico certamente já repararam algumas abreviações, à principio sem significado, nas notas de rodapé e nas referências bibliográficas. Essas abreviações possuem sim um significado e devem ser utilizadas para esclarecer a nota. O problema é que a maioria (incluindo eu antes dessa pesquisa) não sabe o significado desses termos e, na maioria das vezes, simplesmente pula para a palavra seguinte.

O objetivo deste post é listar esses termos, qual o significado de cada um e principalmente dar exemplos de suas utilizações. Seguem:

apud

– (do latim junto a; em) citado por, conforme, segundo – Indica a fonte de uma citação indireta.
Para referenciar um autor (a cuja obra o pesquisador NÃO teve acesso) que está indicado num livro ao qual o pesquisador TEVE acesso, usa-se apud. Ex.:

(ANDERSON, 1981 apud ARÉVALO, 1997, p. 73)

Estudos de Zapeda (apud MELO, 1995, p. 5) mostram [...]

BUTERA apud MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil: direito das sucessões. 30. ed. São Paulo: Saraiva, 1995, v. 6, p. 80.
OBS: A expressão apud é a única que pode ser usada em notas e no texto. As demais, somente em notas.

Cf.
– confira, confronte, compare

Cf. GOMES, 2001

et al. – et alii (masculino), ou et aliae (feminino), et alia (neutro)
– e outros. É comumente usado quando você não quer nomear todas as pessoas ou coisas numa lista. Ex.:
Eichelberger JP, Schwar KQ Black ER, et al. Predictive value of dobutamine echocardiography just before noncardiac vascular surgery. Am J Cardiol 1993;73:602-7.

William MJ, Odabashian J, Lauer MS, et al. Prognostic value of dobutamine echocrdiography in patients with left ventricular dysfunction. J Am Coll Cardioal 1996;27:132-9.

ibidem ou ibid.
– Para fazer referência, subseqüente, de um mesmo autor, em página diferente, de uma mesma obra. Ex.:
GONÇALVES, 2000, p. 61

Ibid., p. 203

MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil: direito das sucessões. 30. ed. São Paulo: Saraiva, 1995, v. 6, p. 15.

ibidem, p. 25.

idem ou id.
– Para fazer referência, subseqüente, de um mesmo autor. Ex.:

LAMPRECHT, 1962, p. 20

Id., 1964, p. 35

MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil: direito das sucessões. 30. ed. São Paulo: Saraiva, 1995, v. 6, p. 15.

idem, p. 42

loco citato ou loc. cit.
– no trecho citado – Remissão a um trecho citado anteriormente

PAPALEO, Celso Cezar. Aborto e contracepção: atualidade e complexidade da questão. Rio de Janeiro: Renovar, 1993, p. 278.

PAPALEO, Celso Cezar, op. cit., loc. cit.

SILVA; SOUZA; SANTOS, 1995, p. 99-115

SILVA; SOUZA; SANTOS, 1995, loc. cit.

opus citatum, opere citato ou op. cit.
– obra citada

GONÇALVES, 2000, p. 50

LAMPRECHT, 1962, p. 20

GONÇALVES, op. cit., p. 216

passim
– por aqui e ali, em diversas passagens – Indica referência a vários trechos da obra

GONÇALVES, 2000, passim

MOTA, Sílvia. Testemunhas de Jeová e as transfusões de sangue: tradução ético-jurídica. In: GUERRA, Arthur Magno Silva e (Coord.). Biodireito e bioética: uma introdução crítica. Rio de Janeiro: América Jurídica, 2005, passim.

sequentia ou et seq.
– seguinte ou que segue – Nos exemplos abaixo, da página indicada em diante.

PINTO, 1956, p. 31 et seq.

MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil: direito das sucessões. 30. ed. São Paulo: Saraiva, 1995, v. 6, p. 15-17.

MONTEIRO, Washington de Barros, op. cit., p. 36 et seq.

É isso. Adicione em seus favoritos para quando precisar fazer uma monografia ou uma outra obra científica.
Referências

http://www.silviamota.com.br/direito/apostilas/idemibidem.htm
http://www.merriam-webster.com/dictionary/et+al
http://www.wsu.edu/~brians/errors/etal.html
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR: 10520:2002 – Apresentação de Citações em Documentos
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